Amputarei as mãos para que calem
A minha voz a ressonar mágoas
Nas vogais de todas as palavras
Revestidas pela mais fina prata
Que teimosamente se exibiam
Nos meus olhos de musgo húmido.
Agora sim já me sinto uma pedra livre…
Quando na inércia da terra que me espera
Me movimento pelos sonhos das flores
Que nascem e morrem nas frias madrugadas
Paridas pela seiva de um arbusto sem nome.
Agora sim, serei capaz de voar mais alto…
Abraçada à noite pela raiz dos cabelos
Segurando-me à bengala de uma promessa
Que ficou ajoelhada num altar de espinhos
À espera que a fé ressuscite os meus sonhos
Vóny Ferreira
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