Da morte de onde venho
O vento era o Deus maior
Desdobrava as más notícias
Em bocejos de mar e sol
Alguns plátanos eram templos
Nos pinheiros dormiam só cisnes
Tocava-se no céu com os dedos
Num ressuscitar de luz plena.
Todo o sorriso era abençoado
Pelo cântico de canários radiantes
E quem ousasse maus procedimentos
A vida seguinte tornava-se impossível!
(Vóny Ferreira)