Sim, agora sei…
Que a saudade
chora e se esconde
Com altivez
no mastro dos barcos
no mastro dos barcos
Sempre fiel
ao eterno amor pelo mar.
ao eterno amor pelo mar.
Que o pensamento
se torna febril
se torna febril
Ao atracar-se sem âncora
no cais
no cais
Se explica
convulsivamente nos búzios
convulsivamente nos búzios
Que se despedem
em silêncio do sol
em silêncio do sol
Que o sossego
veleja assim oprimido
veleja assim oprimido
Se inquieta
quando não encontra o farol
quando não encontra o farol
E vê partir pelos céus
algumas gaivotas
algumas gaivotas
Atrás de uma traineira
que quer naufragar.
que quer naufragar.
Sim, agora sei…
Que pior que morrer
é nada esperar!
é nada esperar!
Vóny Ferreira
4 comentários:
São as palavras que nos refletem ou somos nós que divagamos por sentires díspares que nos desnudam? Este poema diz-me muito pelo momento exato em que foi escrito e tão só porque nasceu num ápice como se o coração falasse através das mãos que teimam em transformar os meus pensamentos em algo a que me atrevo a chamar poesia.
Obrigada a todos aqueles que de uma ou de outra forma se vão identificando com as minhas emoções em carne viva.
Vóny Ferreira
Minha cara Vony :
V. é dos poucos -mas alguns- de quem sinto saudades . De si -com a sua tranquilidade, sei que aparente ( como é a de todas as pessoas inteligentes ) e dos seus escritos,especialmente poemas de que tanto gosto porque ultrapassam muito as circunstâncias em que são escritos e nos conduzem para além . Agora que descobri os seus blogs prometo vir mais vezes .
Um abraço
Geraldes de Carvalho
Olá Geraldes
que bom encontrá-lo de novo.
Que bom principalmente ficar na ilusão
que o que escrevo tem algum valor
pelo menos sentimental para alguns que me lêem.
Um abraço grato e amigo, Vóny Ferreira
Não, minha amiga .
Os seus poemas são dos que vão ficar.
abraço
Geraldes de Carvalho
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